domingo, 16 de maio de 2010
4- Música, por favor!
“Melhor limpar a baba, Ly.”, Yasmin.
Sorri de nervosa e um tanto envergonhada.
“Mas você está vendo o que eu estou vendo?”, tentei falar em um tom bem baixo.
“Desculpe, só tenho olhos pro meu Derick.”, ela disse resignada.
“Ah, tá!”, deixei escapar uma gargalhada, “Min, eu acho o meu priminho lindo e tudo, mas você quer mesmo compará-los?”, revirei os olhos, “O Derick é quase uma menina.”.
“Menina...”, insinuou e riu.
Meus olhos se arregalaram. Eu já ficava incomodada o suficiente com os passeios noturnos do casal.
Agora eu não precisava mais duvidar de que eles não ficavam apenas ‘admirando o céu estrelado’.
“Yasmin, lembra quando eu te falei que você podia morrer pelo caminho? Vou correndo na frente pra que isso não aconteça mesmo.”.
A cretina ainda ficou rindo.
Eu não corri literalmente, com medo de tropeçar e cair, mas apertei meus passos o suficiente para até mesmo passar do Raffael.
Agradeci a Deus por não encontrar ninguém em casa. Eu precisava encontrar alguma coisa para me acalmar antes que eu matasse alguém.
Joguei-me na cama do meu quarto e catei o controle do aparelho de som que estava no criado mudo. Deixei rodar o CD dos Hell’s Messengers... Com certeza um pouco de música melhoraria o meu humor.
Tranquei a porta do meu quarto antes de me despir para o banho. Deixei o volume do som bem alto e liguei a ducha.
Eu realmente comecei pensando sobre o Jack e as meninas... Tentando enxergar o meu erro ao invés do deles. Mas a visão do Raffael me beijando fez com que eu perdesse completamente o foco inicial.
Comecei a pensar no que poderia fazer para que isso acontecesse. Pessoalmente ele estava sempre fugindo de mim o que tornava impossível qualquer tentativa minha. E através da internet... Bem, seria possível se ele aparecesse.
Suspirei pesarosa.
Saí do banho disposta a tirar aquele corpo da minha mente. Apaixonar-me era a coisa mais fácil do mundo e era tudo o que eu não queria naquele momento. Nunca quis na verdade.
Coloquei um pijama e desliguei o som.
O computador já estava ligado e acessei o MSN. Havia um e-mail novo.
“Fico feliz que tenha gostado. Em breve ligo para você, filha. Um grande beijo!”
Fiquei surpresa com a rapidez que obtive resposta. Tinha mandado um e-mail de agradecimento pela casa ao meu pai na noite anterior.
Ele nem respondeu sobre como estava...
Passei os olhos na minha lista de contatos online. Vi que o Raffael não estava e fechei o MSN.
Já estava mais calma e destranquei a porta do quarto. Queria me desculpar com o Jack e fui até o seu quarto. Achava uma bobeira ter que bater na porta pra entrar, mesmo porque ninguém da minha família tinha o costume de fazer isso. Mas o Jack sempre batia e esperava pela permissão para entrar - inúmeras vezes tentei fazer com que ele parasse - achei que talvez fosse por ele querer o mesmo em troca, então...
“Pode entrar...”.
Sei lá que música tocava. Ele estava sentado na cama tocando uma guitarra invisível, mas parou e diminui o volume
“Ly...”.
“Me desculpe...”.
Franziu a testa sem compreender e eu me ajeitei ao lado dele na cama. Repousei a minha cabeça em ombro e fiquei mexendo na beirada de sua bermuda.
“Será que é uma coisa assim tão ruim assistir aula comigo, Jack?”.
“Você sabe que não... Por que está perguntando isso?”.
Torci a boca, “Vocês todos parecem bem com essa separação. É tão errado assim eu querer estar sempre com as pessoas que amo? Me sinto uma idiota quando vocês agem com tanta maturidade. É errado sentir e expressar? Me pergunto se vocês sentem mesmo... Talvez o problema seja mesmo só com a minha infantilidade então.”, desabafei e me ajeitei ao seu lado, procurando sua expressão.
Sua testa estava franzida, mas carregava um leve sorriso. Ele repousou uma das mãos do lado do meu rosto... Escondi meu rosto no seu ombro. Não era justo que ele fizesse com que eu me sentisse tão frágil e confortável com isso como ele sempre fazia.
Eu podia aguentar que todas as pessoas estivessem sempre me deixando, desde que o Jack fosse uma exceção. Não entendia bem o porquê, mas sempre que pensava nele me deixando doía mais do que quando pensava nos outros...
Ele não disse mais nenhuma palavra, apenas permaneceu lá, disposto a me ouvir.
Mas eu também não disse mais nada.
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O q a Mim faz com o Derick se não for ficar vendo o cé estrelado? Minha inocencia não consegue imaginar o que seria... Safadenha essa Yasmim...kkkkkkkkkkkkkkkkk e a Ly não fica atrás.. como consegue se apaixonar tão rapido... sorte ela não querer estragar a amizade dela e do Jack, senão ela não perdoava nem ele... kkkkkkkk
ResponderExcluirAmo a amizade q eles tem... *---*
Amei Xuh!!!
Yasmin e Derick fazendoo outras coisas alem de admirar o céu ?? É dificil imaginar kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirSally pra mim ficou claroo que ela ama o Jack sónao percebeu isso e acreditoq ue ela só irá perceber o dia que ela sentir que perderá o Jack aii que dificill heimm
Ameiii Suh
Ain, Suh! A Sally me mata... E Você também... Lenta e dolorosamente. E depois vem falar de mim!
ResponderExcluir"Suh, por favor, explica o que quer dizer isso, antes que eu eu tenha uma síncope:
Mal sabia que lamentaria por muitos anos por não ter esperado pelo Jack naquele dia, ou por ter apenas seguido aquele caminho. Mas eu simplesmente não poderia adivinhar o meu futuro e nunca o imaginaria da forma como ele é hoje."
OMG!!! Lá foi ela ouvir Hell's?! Marley, Jack, Tara, Otto, Herman e Gordo agradecem! *---*
Deh, não sei o que esse casal fica fazendo... Yasmin podia estar só brincando e Sally imaginando demais, então vaii saber...
ResponderExcluirLy é um caso sério, kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Também amoo!! *---*
Mel, kkkkkkkkkkkkkk.
Ela o amo sim, mas não da forma que acho que está sugerindo... Mas que é um sentimento muito especial, nem mesmo ela nega.
Só o tempo agora, né... *--*
Pah... .-.
Sally narra a hist de um ponto mais distante no futuro do que a maioria.
Mas nessa parte o arrependimento é mais por ter visto o Raffael no caminho, "Uma simples escolha e tudo mudou...".
Aiiin, ela é fã de carteirinha! Banda preferida... *---*